Aconselhamento
Prefácio do autor:
Josué Gonçalves, é casado com Rousemary M. Gonçalves e pai de três filhos: Letícia, Douglas e Pedro. Nasceu em Santo André - SR no dia 3 de junho de 1963 e foi ordenado pastor no dia 4 de maio de 1992. Exerce um ministério específico com famílias e adolescentes desde 1990, tendo realizado simpósios, congressos e cursos em todo o Brasil, Estados Unidos, Japão e Canadá. É autor de várias obras como: "Aprenda a Pregar"; "Família -Edificando a Casa Sobre a Rocha"; "O que os Jovens Precisam Saber"; "Oração - Mantendo a Chama Acesa !"; "Missão no Coração de Todos"; "Jovens -Resgatando Valores Perdidos"; "A Língua - Domando Esta Fera"; "101 Erros que os Namorados Não Podem Cometer" e o "O Líder". E membro da AEVB (Associação Evangélica Brasileira) e da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil). Exerce o cargo de diretor da Editora Mensagem Para Todos.
O que a igreja está fazendo
de prático e eficaz na busca de solução para os casais e os casamentos em crise?
Seria correto ter na igreja um "ministério" trabalhando de forma específica com casais?
Qual a consciência da igreja como Comunidade Terapêutica?
Por que são poucas
as igrejas que fazem um trabalho eficiente de prevenção com os noivos?
A igreja é responsável pela formação de seus membros em todas as áreas?
A dimensão da crise de relacionamento de casais dentro das igrejas hoje é tão grande, que se constitui num desafio para a liderança.
Capitulo 1
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Uma igreja com propósitos sérios tem compromisso com
prioridades ajustadas. E, sem dúvida,
uma das mais urgentes diz respeito a esta questão: "O que fazer para salvar casamentos em crise e fortalecer aqueles que estão bem encaminhados?". A
compreensão sobre a importância do casamento na visão de Jesus faz com
que a igreja ajuste sua lista de prioridades
segundo a vontade de Deus. Seria por acaso que Jesus realizou seu primeiro milagre público em uma festa de casamento? (Jo 2:1-11). Com
certeza não. Essa escolha, de começar suas intervenções sobrenaturais públicas a partir de um momento de
celebração da união conjugai deixa claro
que, para Jesus, o casamento era
prioridade como o início da família, que
por sua vez é o ponto de partida, a origem de todos os relacionamentos interpessoais.
O apóstolo Paulo dedicou um espaço significativo em suas
epístolas, orientando sobre como
deveria ser construída a relação entre o casal e a família. O apóstolo revela o quanto ele priorizava esta questão,
quando escreveu para Timóteo dizendo:
"Ora, se alguém não tem cuidado dos
seus e especialmente dos de sua
própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente" (1 Tm. 5:8). Para Pedro, o apóstolo, a
relação de casal era tão essencial,
que ele escreve dizendo que o sucesso da oração do marido e da esposa depende de como eles se relacionam
(1 Pe. 3:7). Só é possível a igreja
desenvolver um projeto com casais, que seja eficiente e eficaz, a partir do momento
em que houver compreensão da importância de se estabelecer um relacionamento verdadeiro, honesto
e franco entre eles, tratando
de seus dilemas como prioridade.
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Segundo o Dr. Gary R. Collins, um grupo de pesquisadores entrevistou indivíduos que haviam
procurado ajuda para algum tipo de problema. Cerca de um quinto dos problemas estava ligado à
"dificuldade de ajuste pessoal"; 12 % dos aconselhados tinham problemas com os filhos;
mas uma enorme faixa (42%) - quase metade dos entrevistados - afirmou que os problemas estavam centralizados em seu casamento.
A revista semanal
Veja, em uma matéria sobre relacionamento conjugai, informou que, segundo o IBGE,
60% dos casamentos nos EUA terminam
em divórcio, e 40%, na Inglaterra. No Brasil, em 1985, de cada nove casamentos, um terminava em divórcio.
Já em 1995, de cada quatro, um
terminava em divórcio. Outra informação preocupante é que, em 1988, conforme o IBGE, 31,3% das brasileiras eram mães
que nunca viveram com os pais de
seus filhos. Entre 1983 e 1987, de acordo com os dados do Fórum da Comarca de São Paulo, enquanto a população aumentou em 20%, aumentou em 500% o número de
separações legais, com o agravante de suspeitar-se de um número ainda maior de
separações não legalizadas.
Quando não se conhece a realidade, todo empreendimento tende a ser ineficaz
porque não se tem noção da dimensão
do problema. Precisamos conhecer a causa a partir
dos efeitos, e oferecer
alternativas para a solução.
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As mudanças na célula moter da sociedade -a família, exige da igreja um enfrentamento dos problemas de forma estratégica e inteligente. A família mudou por causa das novas realidades e necessidades que forçaram-na a uma adaptação. Pense na família de anos atrás, quando os quintais com árvores eram o paraíso das crianças, a natureza era a companheira inseparável de todos, desde o bebe até o vovô. Não havia TV, vídeo game, microondas, celular etc.
Havia mais tempo para as pessoas estarem
juntas, para o diálogo. Apesar de não
haver toda esta tecnologia de hoje, a família tinha um estilo de vida mais interessante.
As mudanças também tem a ver com fatores sociais e
econômicos. Hoje, a família deixou de ser patriarcal
(onde os filhos casavam e continuavam
próximos dos pais), para ser nuclear (onde
os poucos filhos demonstram
tendências, bem cedo, de buscar outros lugares para morar, quer por opção pessoal ou por
necessidade). Além de tudo isso, temos o desemprego,
a mulher trabalhando fora, a crise moral etc. Em nossa
sociedade moderna, os
problemas se agravam ainda mais pelo conceito
distorcido sobre o matrimônio. A facilidade do divórcio faz com que
muitas pessoas banalizem
o casamento.
Em geral, o casamento é visto com menos seriedade e a família mudou o seu jeito de ser. No entanto, as famílias continuam a existir e as pessoas continuam se casando. Diante desta realidade, se a igreja perder a visão da atenção aos problemas das famílias hoje, oferecendo espaço para orientação e soluções, amanhã essa igreja estará com a sua missão de ajuda e de reconciliação seriamente comprometida.
Quando lemos o livro de Atos e as epístolas, fica
explícito que a igreja não era apenas
uma comunidade de evangelização, de ensino e de discipulado, mas também servia como uma comunidade terapêutica.
Um fator importante é que, hoje, os
profissionais de saúde mental passaram a valorizar
grupos terapêuticos em que os membros se ajudam uns aos outros, promovendo apoio, desafio, orientação e encorajamento que não seria possível de outra forma.
Há um ditado muito conhecido que diz: "E melhor
prevenir do que remediar". O
verbo prevenir significa "vir
antes, chegar antes, acautelar-se, impedir"
etc. Remediar significa
"emendar, reparar, dar remédio, minorar" etc. Para ficar mais claro, vamos usar a figura do sanitarista e do bombeiro. O sanitarista
é o profissional que trabalha na área da prevenção
de doenças, informando e orientando o povo. O bombeiro é o profissional que é chamado
quando há perigo eminente ou um desastre
já acontecido. Ninguém chama um bombeiro para apagar um
incêndio que não existe, mas pode-se
chamar um sanitarista num bairro onde, possivelmente, as pessoas poderão ficar doentes, caso continuem
bebendo determinada água, mesmo que ainda não haja ninguém com sintomas.
No ministério com as famílias, o papel da igreja deve ser
o dos dois profissionais: O BOMBEIRO ( remediar) e O SANITARÍSTA (prevenir).
Como pastor que atua há anos nesta área de aconselhamento de casal, tenho
observado que o casamento, com todo o seu significado, quase sempre acaba sendo o evento da vida para o
qual as pessoas menos se preparam.O
grande problema é que os casais gastam tempo se preparando para a cerimônia
e a festa, e esquecem do mais importante, que é se preparar
para a vida. O despreparo dos jovens que se casam é uma das principais causa do fracasso do
relacionamento. A ignorância mantém as pessoas na mediocridade também na
área conjugal.
Capitulo 2
Prevenção e Cura
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Começar com as crianças, com os adolescentes e com os
jovens é decisivo para o trabalho
que visa prevenir.
Nossos filhos precisam saber que a vida é o resultado das
nossas decisões e escolhas, e é
na escolha do parceiro que se dá o início da construção das bases para o casamento
e para a família.
É imprescindível que haja na igreja palestras de
orientação para os jovens sobre namoro, sexo, sexualidade, casamento, relacionamentos, profissão,
vida em família etc, para que eles saibam escolher seu futuro cônjuge com base nos princípios da Palavra.
Infelizmente, são poucos os jovens que têm espaço para
conversas francas em casa. Em geral,
o tratamento é frio e distante, e eles precisam de modelos adultos que falem a sua língua e que passem valores
importantes. Hoje, ainda há igrejas
que acham que estes assuntos não devem ser tratados e discutidos dentro delas. Então, qual é o melhor lugar? Tenho
dito sempre aos pais que, se os nossos jovens não tiverem respostas
para os seus dilemas em casa
ou na igreja, eles irão buscar fora,
e aí está o grande perigo.
A igreja é responsável pela formação de seus membros em todos os sentidos. A família deve ser a mais indicada para ajudar os seus jovens. Mas, quando ela não está oferecendo essa ajuda, cabe à igreja atender a necessidade deles.
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Para
casar.
Esses cursos são indispensáveis no trabalho de preparação para aqueles
jovens que estão decididos a assumir o compromisso conjugai. Sabemos
que o melhor curso de preparação para o casamento
é a vida
conjugai
dos pais, quando vivida com
equilíbrio. Porém, nem todos os jovens vêem no casamento
dos pais um bom modelo
para seguir.
Mesmo que o casal tenha um bom exemplo
no lar, o curso de preparação pode trazer luz sobre assuntos
como: comunicação no lar, ajustamento sexual,
economia doméstica ou gestão do dinheiro, relacionamento com os parentes,
temperamento etc.
O curso para noivos pode ter a duração de um ou de três
meses, dependendo da disponibilidade
do casal ou dos casais. Os ministrantes do curso
devem ser pessoas devidamente preparadas e cuja vida conjugai seja equilibrada. O ideal seria o pastor fazer
este trabalho, porém, nem todos dispõem de tempo em função das muitas atividades ministeriais.
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Aconselhar é assistir
os aconselhados com o propósito
claro de ajudá-los
nos problemas da vida conjugai.
Os casais em crise de relacionamento precisam
ter um espaço na igreja, onde pessoas
preparadas e idôneas saibam
como apóia-los na busca de soluções. Nem sempre o pastor tem tempo suficiente para atender a todos num trabalho de
"clínica pastoral"; por isso, é imprescindível esse núcleo de
aconselhamento de casais.
Durante o tempo em que exerço o trabalho de terapia de casal, tenho percebido que há um número grande de
pessoas, e até de líderes, que não têm
noção alguma sobre como deve ser
feito o trabalho de aconselhamento de casais. Sempre que pessoas não
preparadas se propõem a fazer este trabalho, a tendência é o agravamento do problema entre os casais.
É como um leigo em medicina,
querendo consultar e receitar medicamentos para um paciente com grave problema
de saúde. O resultado final pode ser a morte.
A pergunta que fica
é: "O que deve ser estabelecido em um curso de preparação de pessoas
para exercer o trabalho de aconselhamento de casais?"
Vejamos alguns pontos básicos a serem considerados, como: os objetivos do
aconselhamento de casais; o perfil do conselheiro eficaz; e como fazer o trabalho de aconselhamento de casais.
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E essencial que, tanto o conselheiro, quanto o aconselhado, estabeleçam alvos definidos para o aconselhamento, a fim de
que saibam onde desejam
chegar. Jesus tinha dois alvos para os indivíduos que ajudava: vida
abundante na terra e vida eterna no céu (Jo 3:16; 10:10).
A função do conselheiro é a mesma: mostrar às pessoas como ter uma vida abundante (vida com qualidade) e apontar a vida eterna.
Sabemos que muitos cristãos
sinceros terão uma vida eterna no céu, apesar de não experimentarem vida abundante na terra. Quando se está
aconselhando uma pessoa não salva,
o aconselhamento serve como um trabalho de " pré- evangelização". Outros alvos que o conselheiro deve ter em
mente são: 1) Levar o aconselhado a compreender a si mesmo. Todo processo
de cura interior passa
obrigatoriamente pelo caminho da auto-compreensão. Isso tem a ver com a restauração da auto-estima e auto-imagem, que
muitas vezes é o início da solução do
problema. 2) Desenvolver a capacidade de comunicação do casal. A dificuldade em comunicar sentimentos, pensamentos e atitudes
tem sido o ponto de tensão em muitos relacionamentos. O conselheiro deve ajudar o casal a aprender a se comunicar de forma eficaz. 3) Modificação do comportamento através do aprendizado. Tudo o que sabemos sobre
relacionamento, certo ou errado, foi aprendido. É necessário que o conselheiro leve o aconselhado a "desaprender"
o comportamento que é errado e destrutivo e aprender meios mais construtivos de agir e de se
comportar. A pessoa ajudada precisa ser incentivada
a avançar na prática do que está aprendendo. Jesus deixou claro que não basta aprender. É preciso
praticar (Mt. 7:24). 4) Auto-realização - Levar o aconselhado a maximizar o seu
potencial. Sem dúvida, é em Cristo que nossa vida se completa, e o potencial é maximizado através do poder do Espírito Santo, que nos leva à
maturidade espiritual. 5)Encorajamento-É durante este período de apoio que as pessoas
se sentem fortalecidas e remobilizam seus recursos pessoais
e espirituais, a fim de enfrentar corajosamente os problemas da vida.
Nenhum outro modelo se equipara
a Jesus quando se trata de "aconselhamento". Sua
personalidade, Seu conhecimento e Sua habilidade capacitaram-nO eficazmente para assistir às pessoas que precisam
de ajuda. Jesus, como Mestre da sensibilidade, fez uso de técnicas de aconselhamento,
de acordo com a situação, com a natureza do aconselhado e com o problema específico. Em algumas situações, Ele ouvia cuidadosamente as pessoas, sem dar muita
orientação às claras, mas, em outras
ocasiões, Ele ensinava incisivamente. O Mestre sempre encorajava e apoiava, embora também confrontasse e
desafiasse. Como conselheiro, Ele era
absolutamente honesto, profundamente compassivo, altamente sensível e espiritualmente amadurecido. Quais devem
ser as qualidades que definem o perfil de um conselheiro eficaz?
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Gordon Allport, professor da Universidade de Harvard,
escreveu: "O amor é
incomparavelmente o maior agente psicoterapêutico... algo que a psiquiatria profissional não pode criar
por si mesma, nem liberar”. Eis a
razão porquê muitas vezes o conselheiro secular não pode suprir o amor necessário ao aconselhado e é incapaz de receber amor que este quer
lhe dar.
A igreja de Cristo oferece
uma abordagem para a vida, baseada
inteiramente no amor. Portanto, pode ajudar onde o aconselhamento
secular fracassa. Aqui está o desafio
que deve levar o conselheiro cristão a refletir: "Se o meio eficaz de ajudar é amar - o mesmo deve pedir a
Deus para amar as pessoas necessitadas, concedendo-lhes mais amor.
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O conselheiro deve ser alguém cuja sinceridade seja uma
das marcas do seu caráter. Alguém que
evite o fingimento e que nunca pense ou sinta
uma coisa e diga outra, completamente diferente.
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Se o conselheiro não for sensível, não haverá compreensão empática com os problemas do aconselhado. A eficácia do trabalho de aconselhamento de casal depende da capacidade do conselheiro de sentir- com" o aconselhado.
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Uma pessoa indisciplinada emocionalmente não pode fazer o trabalho
de aconselhamento. Isto porque poderá, com facilidade, envolver- se com o aconselhado, de forma prejudicial. O conselheiro deve ser sensível
aos problemas do(a) aconselhado(a), mas jamais se envolver emocionalmente.
Estas são apenas algumas de tantas outras qualidades que
devem definir o perfil de um
conselheiro capaz. A liderança da igreja deve ser muito criteriosa para incluir uma pessoa na equipe de
conselheiros que trabalham com casais.
Capitulo 4
Através do olhar, da postura e de gestos naturais, o
conselheiro deve demonstrar interesse
e compreensão do problema que está sendo colocado. É preciso tomar cuidado com a distração
causada pela fadiga,
pela impaciência e pela preocupação com outros assuntos,
bem como com devaneios e inquietações. Qualquer
distração pode deixar transparecer desinteresse quanto ao problema do aconselhado.
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A ajuda aos casais em crise é uma tarefa difícil que
exige, sobretudo, o saber ouvir.
Isso implica mais do que a recepção passiva de mensagens. Segundo
o psiquiatra A. Nicholi para se ouvir de maneira
eficaz é necessário: (A) Percepção dos próprios
conflitos e solução dos mesmos, para
evitar qualquer interferência com a livre expressão dos pensamentos e sentimentos do aconselhado; (B) Não usar expressões que demonstre desprezo a história do aconselhado; (C)
Aguardar pacientemente durante períodos de silêncio e lágrimas, enquanto
o aconselhado se refaça e aprofunde
em assuntos penosos ou faz pausa para reunir seus pensamentos ou recuperar a compostura; (D) Procurar ouvir, não apenas o que o aconselhado diz, mas, o que ele está
tentando dizer; (E) Olhar de forma abrangente a pessoa e aguçar os ouvidos para captar as mensagens transmitidas pelo tom da voz, pela postura e por outras pistas não-verbais;
(F)
Fazer uma análise das próprias reações quanto ao aconselhado; (G) Evitar desviar os olhos do aconselhado
enquanto este fala; (H) Sentar-se imóvel;
(I) Limitar o número de excursões mentais às próprias fantasias; (J) Controlar os sentimentos, em relação ao
aconselhado, que possam interferir na
atitude de aceitação e de simpatia, para que o conselheiro não faça juízos antecipados; e (L) Compreender que é
possível aceitar o aconselhado sem aprovar
ou sancionar atitudes e comportamentos destrutivos para o mesmo ou para outros.
Quando a pessoa que faz o trabalho de aconselhamento de casal ignora tudo o que foi colocado pelo psiquiatra A. Cicholi, com facilidade, comete o erro de falar excessivamente, não dando ao aconselhado o tempo devido para expressar suas mágoas, esclarecer seus problemas e partilhar todos os detalhes de uma questão ou experimentar o alívio que acontece com o desabafo.
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Ensinar
Não se esqueça de que o conselheiro é um educador, que
ensina através da instrução e orienta
o aconselhado à medida em que ele, ou ela, aprende
a enfrentar os problemas da vida. Assim como os outros tipos pessoais
de educação, o aconselhamento é mais eficaz quando as discussões
são específicas e não vagas, focalizando situações concretas, em lugar
de alvos nebulosos.
Ao concluir,
deixo uma sugestão
que é, na verdade, uma sutil "reclamação" para todos aqueles
que são responsáveis pela escolha dos grandes
temas e disciplinas que são estudadas nos Simpósios,
Congressos, Convenções e Escolas Bíblicas
para Obreiros. E imprescindível que a questão
sobre "O que a igreja deve
estabelecer quanto ao tratamento dado aos
casais" esteja inserida entre os assuntos de grande relevância a serem estudados e discutidos. Louvo a Deus pelo
que tem sido feito, mas tenho consciência de que é possível fazer muito mais e com maior eficiência.
Neste livro você irá aprender qual é o papel da igreja no aconselhamento, quais são os trabalhos que podem ser realizados como prevenção e cura, quais são as qualidades que um bom conselheiro deve ter e como obter mais receptividade e sucesso no aconselhamento.
Exerce um ministério específico com famílias desde 1990, tendo ministrado em todo o Brasil, EUA, Canadá, Japão e outros países.
Autor de várias obras, é membro da CGADB e AEVB.
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