Inferioridade, uma questão de visão
Precisamos ter bastante cuidado ao nos compararmos com
alguém
É interessante como nós seres humanos temos grande
capacidade de nos inferiorizar e geralmente toda essa inferioridade nasce de
comparações. Olhamos para outra pessoa, para a sua vida e consequentemente para
o seu sucesso e pronto, passamos a comparar a nossa vida com a vida da outra
pessoa, desenvolvendo um sentimento de rebaixamento em relação a nós e a nossa
própria vida.
Deixamos de olhar para aquilo que alcançamos para olharmos e
vivermos em função daquilo que talvez em momento algum consigamos alcançar.
Quando permitimos que sentimentos deste tipo se apoderem
de nós, automaticamente estamos desenvolvendo outro tipo de sentimento, a
insatisfação. Insatisfeitos com o que temos e com o que somos, deixamos de
viver a nossa vida, para viver em função da vida e sucesso de outrem. Atitudes
deste tipo só tendem a nos prejudicar. Por quê? Prejudica-nos porque
simplesmente passamos a viver um período de total descontrole, numa busca
excessiva por alcançar algo. Esse descontrole muitas vezes nos faz tomar
decisões totalmente errôneas e equivocadas. E quanto mais longe ficamos do
possível “alvo”, mais insatisfeitos e inferiores nos sentimos. Tudo isso por um
único motivo: Comparações confusas.
Precisamos ter bastante cuidado ao nos compararmos com
alguém que por algum motivo está “acima de nós”, ou seja, alguém que de alguma
forma conseguiu alcançar determinado sucesso profissional e pessoal ou até
mesmo uma boa situação financeira.
Se estudarmos a fundo a vida das formigas, com certeza
aprenderemos bastante, mas o que mais me encanta e me chama atenção nesses
insetos é a disponibilidade que os mesmos têm de ajudar outras formigas a
trilharem o mesmo caminho. Como as formigas vivem em contato com o solo, por
conta disso, elas deixam uma trilha de feromônio que pode ser seguida por
outras formigas para irem de encontro ao alimento. As trilhas bem sucedidas são
seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com mais feromônio (as
formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). Quando o alimento acaba, as
trilhas não são remarcadas pelas formigas que voltam e o cheiro se dissipa.
Como isso é difícil no nosso meio (seres humanos), onde
diariamente nos deparamos com pessoas que para alcançar o sucesso, passaram por
muitas dificuldades, e quando finalmente conseguiram simplesmente fazem de tudo
para fechar o caminho, ou seja, dificultam a todo custo que outras pessoas
alcancem aquilo que ele têm alcançado. Diferente das formigas que apagam o
caminho que não leva ao alimento, para não fazer com que suas companheiras não
percam tempo trilhando o caminho errado. Muito de nós seres humanos, vemos as
pessoas trilhando o caminho errado, nada fazemos, além de aguardar o seu
fracasso.
Como as formigas, precisamos aprender a ajudar, ou seja,
abrir caminho para aqueles que assim como nós almejam serem cantores,
pregadores, administradores, palestrantes etc. Precisamos não só deixar o
caminho aberto, mas principalmente assim como as formigas, marcar o caminho a
ser seguido, para que assim como nós, todos tenham a oportunidade de alcançar
aquilo que Deus tem preparado para as nossas vidas.
Não podemos permitir que sentimentos de inferioridade
apoderem-se da nossa vida, se as formigas insetos tão pequenos são úteis e nos
ensinam tanto. Imagine você...
"Como vós o sabeis, também eu o sei; não vos sou
inferior." (Jó 13:2)
Texto: Mônica Bastos
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