Dia dos avós: comemoração neste ano depende da tecnologia
No próximo domingo, 26, um dia pra lá de especial é celebrado: é o dia dos avós! Nesse momento, é arriscado que estejamos perto de outras pessoas, principalmente os mais idosos, justamente por estarem no grupo de risco do coronavírus.
A tecnologia tem ganhado espaço nesse contexto e se tornou uma ferramenta essencial para manter contato. Que tal uma chamada de vídeo? Uma ligação? É uma forma segura de dar um abraço – mesmo que virtual – nos vovôs e vovós.
Observo que os avós, hoje, estão muito mais criativos e disponíveis para aprender questões de tecnologia. Muitos estão utilizando as chamadas em vídeo, alguns chegam a disponibilizar mais de uma hora do seu dia para brincar e jogar com os netos, se fazendo presente mesmo à distância. Trabalhando online me dei conta de que “presencial” não é o melhor termo para descrever quando a gente está junto com alguém fisicamente. Porque a gente pode estar presente mesmo à distância: esse é o grande aprendizado que a gente vai levar desta pandemia. A gente criou formas de estar presente mesmo estando geograficamente distante. Diz Denise Martinez Souza: (psicóloga)
Para as pessoas mais idosas, talvez, o isolamento tenha um significado diferente. Normalmente a premência de sair à rua, de estar em atividade, já não é tão grande para esse “envelhecente” do que para uma criança de oito anos de idade. A demanda física, a necessidade de gastar energia na rua, para o adulto maduro, já não é a mesma. Existe muita atividade que sublima, como a leitura, a conversa, assistir a uma série ou uma novela. Os adultos jovens estão passando a ter, nesse momento, uma vivência que os mais velhos já têm há mais tempo. Um tipo de convívio com menos contato com as pessoas às vezes faz parte da vida de muitos idosos, que já sentem a necessidade de aprender uma capacidade de estar só porque filhos foram embora, por exemplo. Para muitos, acaba sendo mais fácil estar em confinamento do que para os mais jovens.
Portanto,esse contato entre avós e netos é muito especial, tanto para os avós quanto às crianças, porque os avós são modelos de identificação. São aquelas pessoas que têm a história de vida dos pais e dos netos. Eu sempre digo que os netos são como se fossem oxigênio na veia. Revitaliza. Porque nós nos reencontramos com a criança que nós fomos, como nos reconhecemos nos nossos netos, que são um pedaço de nós que segue vivo. Então, essa possibilidade de termos esse pedaço nosso modificado, melhorado, refletido na nossa vida, em que podemos ter vislumbres de nós mesmos, de uma certa forma carrega uma esperança de futuro.
Fonte: Site Pioneiro
Trechos: Jornal Ibiá
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