Jovens evangélicos: "alegria de crente é diferente"
Nas vezes em
que recebeu convites para sair, curtir um show, ir a um bar ou boate, Rose
Pereira dos Reis, de 26 anos, apelou para um desculpa velha, mas que tem dado
resultado até hoje: “Tenho compromisso”. Em outras situações, a ajudante geral
precisou ser mais direta e, sem receio, disparou: “Não posso frequentar esses
lugares”.
A diversão do
crente é, sim, diferente, avalia. “Não precisamos beber para nos divertir. As
meninas não precisam usar o corpo para chamar a atenção”, exemplificou.
Ao invés de
baladas, da “vida de noitadas”, o jovem evangélico, segundo a recepcionista Wagner, se
alegra em tomar tereré.(mate com água fria – Origem - Mato Grosso do Sul)
tocar violão com os amigos e sair para comer, por exemplo. Esse tipo de
comportamento, considerado “conservador”, quando não "careta", acaba
gerando críticas de todo lado. Wagner Abdul Assen, de 24 anos, se considera
radical por viver e pregar o “evangelho puro, aquilo que está escrito”, sem
“mesclar” ideologias.
Pela postura,
Já falaram que sou fanático, que isso é irreal, que Deus não existe e que não
precisa disso”, revelou. Mas ele se defende e diz que “tudo é uma questão de
conhecimento teológico”. Na opinião do rapaz, quem se dispõe a criticar
precisa, primeiro, conhecer as escrituras.
Quanto à
diversão de jovens evangélicos, Wagner faz coro ao discurso das garotas e
afirma que o crente se diverte muito mais dentro da igreja do que se estivesse
“no mundo”, isto porque “a alegria é definitiva e não momentânea”. O cristão,
explicou, não vive pelas influências e regras impostas pelo mundo.
“Não
precisamos de nenhum alucinógeno ou cachaça para sermos felizes. Nós já somos
alegres, já nos divertimos com nossos cultos, festas e celebrações”, disse, ao
citar o último evento que participou na igreja comandada por jovens da própria comunidade
evangélica.
Fonte: Lado B
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