Violência na Família. Como a crença religiosa pode ser uma antídoto.
Jesus nos deu um mandamento direto: “Amai-vos uns
aos outros…”. João 15:17. O perfeito amor lança fora o temor e não dá
lugar algum à violência. Um modelo do relacionamento ideal de como os homens e
mulheres deveriam tratar-se um ao outro é encontrado em 1 Pedro 3: 7: “Igualmente
vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como
vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que
não sejam impedidas as vossas orações.”
De fato, em todo o Seu ministério, Cristo ousou elevar o
status da mulher, quer seja conversando com a mulher samaritana junto ao poço,
curando a mulher que sofria do fluxo de sangue ou atendendo ao pedido de marta
para ressuscitar seu irmão, Lázaro. Nada em nossa herança apóia a violência doméstica.
Em seu livro Stop Domestic Violence (Detenha a
Violência Doméstica), Françoi Dubau refere-se à parábola contada por Jesus
sobre o mau servo que espancava os criados e criadas enquanto o seu senhor
estava fora (Lucas 12:45 e 46). Quando o seu senhor retornasse, o agressor iria
ser punido. “E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao
que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” (v. 48) A Bíblia nos
ensina que a esposa é uma valiosa dádiva de Deus e que ao agredi-la o homem
está rejeitando o próprio Deus, rejeitando os Seus ensinos e o Seu amor.(*)
Detendo o ciclo da violência
A violência doméstica é nutrida pela ignorância. Para
combatê-la precisamos trazê-la a público e examiná-la. Como igreja, devemos
tornar-nos parte da solução. E um dos primeiros passos é a prevenção.
Na prevenção da violência contra mulheres, a prevenção
inicial deve estar baseada no padrão cultural de que a violência na família é
inaceitável. Deveria ser iniciada com a educação no lar. Os membros mais jovens
da sociedade devem aprender que “resolvemos nossos problemas com a cabeça e não
com os punhos”. Precisamos ensinar que é até normal a pessoa irar-se, mas que
não é normal agredir. Precisamos dar uma mensagem clara de que ninguém merece
ser agredido. Em nossas igrejas e em nossos sistema educacional, devemos
promover uma abordagem de não-violência na vida; isso inclui não valorizar
aqueles heróis de ambos os sexos que se digladiam, criticam, ferem e passam por
cima de tudo que está em seu caminho para se manterem sempre em sua posição de
superioridade.
Tendo o conhecimento dos fatos, e com coragem, devemos
fazer a diferença. Devemos ser proativos em nossas igrejas e também na
comunidade para pôr fim a esse tipo de crime, levar o amor de Jesus a esse
mundo machucado e enxugar as lágrimas ocultas.
Fonte: Unseen Tears (Lágrimas Ocultas), por
Beth Van Meter– Adventist Review, 6 de janeiro de 2005.
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