Infantolatria, a idolatria do filho ao extremo
Crianças devem ser amadas e cuidadas, não idolatradas
O termo infantolatria é novo, mas o ato de amar tanto o filho, a ponto
de não conseguir dar o limite necessário é muito antigo. Isso vem acontecendo
há muitos anos e gera transtornos de personalidade às crianças. Os pais
confundem amor com ausência completa de limites, e criam filhos que podem tudo.
Nenhuma criança é menos amada porque não impõe sua vontade sobre toda a
família. Muitos pais permitem que a criança decida sobre alimentação,
programação da televisão, passeios em família, férias e até o momento em que a
família consegue conversar depende da de sua permissão. Sem limites, a família
age em torno da vontade da criança e não sobre a necessidade e harmonia de
todos.
Essas crianças são ensinadas que o amor está associado a poder fazer
tudo. O que é um erro, porque são amadas e não precisam fazer somente o que
querem para se sentirem bem. Elas precisam saber que não mandam em casa e
precisam obedecer, compreendendo que são cuidadas e que a disciplina é para o
bem delas.
Crianças que podem tudo se sentem inseguras porque, ao mandarem em casa,
tornam-se pais de seus pais, sem nenhuma condição emocional para tanto. Elas
precisam ouvir "não" para serem preparadas para a vida.
Uma criança sem limites tem problemas no convívio com outras crianças na
escola e na sociedade. Muitas vezes, os problemas se estendem aos professores,
familiares e demais pessoas que estão ao redor.
A Bíblia ensina como educar os filhos. É preciso ser sábio na educação
deles. Em Efésios 6:4, os pais são orientados a não provocarem os seus filhos à
ira. Em vez disso, devem criá-los nos caminhos de Deus. Educar uma criança na
"doutrina e admoestação do Senhor" inclui disciplina física
controlada, corretiva e amorosa.
Texto | Soraya Garcia
A “infantolatria” é um
termo cunhado pelo médico pediatra líbio francêsAldo Naouri em seu livro
“Educar filhos: uma urgência nos dias que correm” eexpressa o modo como os pais
educam seus filhos na atualidade. Ocorre acentralização dos pais na criança, superprotegendo-a,
realizando todos os seusdesejos, não proibindo nada, aplaudindo os atos mais
banais. Em consequência,a criança torna-se narcisista e egoísta, não reconhece
a existência do outro, tem ailusão de ser especial, com a autoestima elevada,
mas não consegue lidar comfrustrações e não aprende a lutar pelo que acredita,
pois desconhece o valor deesforço para obter seus objetivos imediatos, em suma,
não respeita ninguém.
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